quinta-feira, 18 de novembro de 2010

oficina janez jansa

Qual a situação das pessoas?
Há gente na fila esperando?
Como se divide o falar e o ouvir?
Em que lugar as pessoas deixam os depoimentos? Onde fica e o que forma o “confessionário”? Lugar onde se vê quem depõe ou lugar que esconde quem depõe?
Como peço os depoimentos? Estou lá? Há instruções no papel? Placas?
Perguntas: Sobre o que? O lembrar, o esquecer? O conteúdo importa?
Dou dica de que as memórias podem ser ficcionais? O que eu me lembro? O que eu invento? O que eu transformo?
É sério? É irônico?
É o compartilhar?
Não estou interessada necessariamente em momentos emocionantes...piegas, programa de tv.
Cuidado com “o show do eu”(ver Paula Sibilia, Sophie Calle).
Por que o público gostaria de se expor? Por que não então se expor num reality show?
Como fazer as pessoas confiarem?

Não posso desagradar ao público? Ser provocativa, irônica, doce, criar empatia...qual é o lugar do trabalho?
Onde estou no trabalho?

Enquanto o público espera pode estar ouvindo o que aconteceu no episódio anterior.

Quero que ouçam os depoimentos ao vivo?
Qualquer depoimento interessa?
É interessante escutar os depoimentos ao vivo já na fila?
A obra é a fila?
Como o público é preparado, aquecido para entrar numa situação?

Há um assunto específico para estas memórias? Morte, amor, relacionamento, perda, segredo, desejo.
Quero misturar o que quero lembrar com o que quero esquecer? Assim, evitar o julgamento de valor da memória boa e da ruim?

É importante que a situação seja aberta, transparente? Acho que siiiim.
Não me vejo fazendo truque, trapaceando, escondendo.

Há uma ironia possível entre o real e a ficção. A memória construída, inventada

Todos ouvem a mesma coisa nos fones?
Há canais diferentes? Há música?
É possível modificar as vozes para que não sejam reconhecidas.

Kieslowski – personagens que se cruzam nos filmes. Num filme estão no mesmo bar, mas não se falam. Em outro se relacionam. Em outro apenas pegam o mesmo barco.-