domingo, 8 de julho de 2012

tese da Ivana

Alguns trechos:

" A autoria seria, assim, um espaço aberto entre o autor e o leitor, algo que só acontece no momento do encontro e por isso é sempre inacabado - o que põe em jogo muito mais coisas que apenas um significado: há implicações emocionais e políticas nesse compartilhamento."

"Um autor põe sua vida em jogo na obra, ainda que ela se constitua no domínio da representação; e na obra está sua expectativa de comunicação com o outro..."

" A criação seria, pois, uma experiência na qual o sujeito e o objeto se formam e se transformam um em relação ao outro e em função do outro". (Foucault apud Agamben) 

A obra precisa ser compartilhada fisicamente para existir.




terça-feira, 12 de junho de 2012

release provisório - junho 2012


Este ingresso te convida para três encontros. Teremos um prólogo, uma introdução e um primeiro capítulo. Nestas três ocasiões, seremos algumas pessoas perdendo tempo juntos. Mas, para que isso aconteça, primeiro será necessário que encontremos alguma forma de estarmos juntos.
Este é um solo compartilhado, um pedido de ajuda diante do pânico de estar só.

sábado, 2 de junho de 2012

corpo e dobradura

andei pensando em dobraduras, especialmente num jogo que não lembrava como se chamava, agora já descobri (link abaixo). o corpo-dobradura (lygia clark-bicho), a dobradura como abertura para várias possibilidades, cada pedaço aberto indica uma possibilidade de continuidade do trabalho, possibilidades simultâneas.
tarefas:
experimentar - corpo e papel
fazer minha versão do come-come

come-come (dobradura)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

+++++++

o trabalho é "sobre":
  • perder tempo juntos
  • criarmos juntos uma situação inútil
pesquisar tempo e história - Agamben 

 ler:
arquelogia do futuro - thelma 
everybody's toolbox 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

referência presenteada por gimena

minha amiga gimena me mandou este link:

parece super interessante e bela esta ideia de autoteatro, de não precisar atores, mas propor uma situação vivida pelo público.
tenho a impressão de que HELP! não acontece assim, pelo menos não todo o tempo, mas essa ideia de relação e de autonomia do público me parece muito bonita e potente! 

  • a ideia de que o "ator" e espectador descobrem do que se trata o evento artístico ao mesmo tempo 
  • como "convocar" o espectador, fazê-lo participante sem expô-lo, sem constrangê-lo...? (acho que o auteatro é bem interessante nesse sentido)

domingo, 27 de maio de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

fotos e etc

gosto de usar a imagem de cada um, mas não sei se deve obrigatoriamente ser o rosto. acho que seria bonito, mas pensando em HELP não sei se seria intimidador ou invasivo. mas a segunda ação ( o q fazer com estas imagens), não me é clara, nem ´para o HELP nem para o trepadeira...e, para mim, fazer a 1a ação sem o propósito da 2a, deixa tudo frágil. não quero dizer que estou a eliminar a ideia, só estou procurando as questões e motivações...e sou bem lenta para isso, bem lenta mesmo. mas não quero usar as imagens gratuitamente. tem algo que gosto na situação das cabines fotográficas, de entrar num pequeno ambiente e construir uma imagem...me ocorre agora...que tal construir um outro eu? uma imagem de quem vc gostaria de ser, ou será naquele dia? usar objetos, acessórios, roupas...algo que possa ajudar cada pessoa do público ou participante do workshop a criar uma outra identidade, um outro eu...assim teríamos pelo menos o dobro de pessoas...um eu "real" de cada um + um "eu" possível-ficctício. talvez pensar na banca de troca de identidades em relação à desconstrução de uma identidade fixa, de vários eus em planos-universos paralelos?
um site que achei pra pensar em como criar fotos:
cabine de fotos
 
sobre o HELP: eu particularmente não me interesso sobre o que as pessoas pensam do meu trabalho, porque isso pressupõe que elas o conhecem ou deveriam conhecê-lo...para o workshop isso até poderia talvez funcionar, mas para o público em geral vai no caminho oposto do que quero. se vou caminhando para pensar numa ideia de diluição de identidades, não quero reforçar a ideia de que elas tenham  que saber quem sou, o que faço...
amanhã quero reler o texto do borges q postei no blog... o jardim das veredas...essa ideia de bifurcações e de várias realidades que podem coexistir me agrada. acho que pode sair algo daí.

venho pensando muito no que seria trabalhar meu corpo, minha presença junto com a projeção de outros tantos eus (ou das identidades desdobradas do público)...um solo cheio de gente...

domingo, 20 de maio de 2012

o que fica de 2011

  • ainda gosto de aprofundar a ideia, de uma conversa, de uma conferência-dançada (falo tudo que falava no ano passado, fazendo uma sequencia de movimentos sem parar? junto com a ideia de projeções no chão? reverter a maneira de ver coisas q parecem óbvias?
  • acho que tenho q reler o livro "Querido Público"
  • voltar a ver os cartoons de Juanjo Saez - perceber o que gosto lá.www.juanjosaez.com

all you need is love

o trabalho é, na verdade, para selecionar namorados:
perguntas para identificar os candidatos
encontro
jantar
posso ir à tua casa?

ideias idiotas que talvez tenham sentido...

ps: acho que não vai dar pra fugir de ter, outra vez, um trabalho que precisa de camisetas.
ps2: eu e filipe saíamos com as camisetas e registramos o que acontece.

várias ideias soltas


imagens projetadas a partir do teto – num linóleo branco – as imagens das pessoas
trabalho da jana – fotos móveis
tecer as referências do público
escolher o público
queremos fazer um encontro
criar condições para que as pessoas vejam o que querem ver
como prepara o público para voltar
um workshop para o público?
Encontros?
Comer juntos?
Caminhar juntos ao teatro?
decisão consciente de participar do processo de formação de um grupo temporário
Jochen Gerz – dar visibilidade ao rosto das pessoas, guardar a memória do rosto de um outro


gosto de várias cenas muito pequenas...

Relações com o projeto Trepadeira


Quero que a proposta da estufa (Projeto Trepadeira/SP: junho 2012) tenha relação com HELP! I need somebody
ser o outro
projeto da banquinha de troca de identidades
du fukushima:
“Estou no constante trabalho de deixar de lado o meu sujeito ( DU) enquanto danço. No cansaço quero ser o cansaço. Boto no mundo e tento retirar o EU....já não importa mais minhas razões pessoais, meus desejos, vontades e etc....Meu trabalho é transformar meu corpo em outra coisa que já não é apenas Eu e meu.”

mais...

O encontro inicial com cada pessoa do público (ou com parte delas) poderia se dar no momento da compra do ingresso. O ingresso seria vendido antecipadamente e eu teria uma mesa ou uma salinha para receber as pessoas no momento da compra. Uma possibilidade: ao comprar o ingresso o espectador vem receber comigo as instruções de onde o trabalho começaria (um ponto de encontro, um trajeto). 

Outra ideia: deixaria um problema a ser solucionado e receberia um passaporte que dá direito a assistir ao trabalho (a cor do passaporte pode variar de acordo com o problema/tipo de problema).
Não sei o que fazer com o tal problema...quem sabe quando ela deixa um problema, ela pode ser convidado a sugerir uma solução para um problema alheio deixado anteriormente...como eu torno essas soluções públicas?

E se, no momento da performance, cada pessoa recebe uma espécie de biscoito chinês, com a solução indicada para o seu problema dentro? Mas, e daí? Isso produz algo? Tem consequências? De que forma?

De algum jeito gosto de esperar o público em algum local público com uma placa: HELP! I need somebody
Por que nos encontramos fora do espaço cênico? Como vamos até lá? Que fazemos no percurso?

referência: we are here to help

vou a tua casa

quinta-feira, 17 de maio de 2012

colaboração filipe - envio de referências


1a referência enviada por Filipe em 15.05.2012

http://www.ubu.com/film/alys_faith.html

Quando a fé move montanhas - Francis Alÿs

Já tinha visto esse documentário e já conhecia o projeto. Mas revi e me deixei impactar pela força do projeto outra vez.
Por que 500 voluntários decidem participar da ideia de mover uma duna? Como esse artista chega a estas pessoas? Como explica/compartilha o projeto com elas? O que as move?
A imagem e o evento são impressionantes.

Eles estão juntando o nada ao lugar algum. Se unem para fazer algo aparentemente inútil. A força do coletivo. Deixar de ser um, eu, sujeito. Ser 500.

Me vem a imagem de encontrar o público em algum ponto. Um grupo que se desloca até o teatro. Uma massa. A força de uma quantidade expressiva de pessoas é gigante.
Espetáculo passeata? Pensando nos movimentos de ocupação.

- Que tal marcar um ponto de encontro onde as pessoas encontramos "guias do espetáculo" através da faixa HELP! I need somebody. Todos vão "em passeata". Como? Por que? O que acontece no caminho?

Duas imagens escolhidas um tanto aleatoriamente... 


terça-feira, 15 de maio de 2012

maio 2012

ideias vagas para reiniciar:

- Selecionar o público - fazer um contato anterior, visitar o público. Filipe: o público sinta-se escolhido, pré-selecionado. Criar uma rede.
Algo muda se o público tiver alguma relação comigo/me conhecer antes?

- Fotografar, catalogar, criar uma identidade para o público.

- Como é essa visita? Para que? 
Servir algo ao público? Preparar o caminho? Dar instruções?
Que tal seria buscar o público em casa? Ir fazendo o trabalho no caminho e apenas finalizar no teatro?

- A ideia da visita tem a ver com pesquisar o que o público quer? Voltar ao mote de agradar, fazer o que cada um quer/espera? (agora parece meio tonto...)

É preciso visitar todo mundo do público? Seria interessante dar a entender que todos foram visitados e alguns sentem como se fosse o único q não recebeu a visita...

É possível criar essa sensação de rede ou grupo apenas visitando alguns?

- Eu potencialmente sou...todo mundo é potencialmente tudo. Uma potência que pode nunca se realizar.

- Estética do Fiasco (livro citado na palestra do Bourriaud). Pensar no fracasso como elemento. O público reclama do que eu faço...

10.05.2012

- O trabalho dirigido pelas opções de X pessoas do público. Ex: Entro e digo - Esse trabalho vai durar 17 minutos porque o João disse que qualquer coisa acima de 20 min é insuportável.E sigo com uma descrição a partir das indicações do público.

13.05.2012

- Veio uma vontade de quebrar a tendência a muita fala, a muitos elementos, muitas coisas. Me ocorreu a cerimônia do chá dos japoneses. Não sei por que. Apenas uma ideia de simplificar. Ir à casa do outro servir um chá. (vi o processo do Vestígios em vídeo e gosto do sintético, do "simples" do trabalho)

- Outra ideia: o caminho que leva até o outro. O caminho do outro até mim. Retomar um interesse por mapas, percursos. 

O que ainda gosto das ideias antigas:

- servir comida ou bebida ao público. cuidar do bem-estar do público.
- fazer uma foto conjunta do público.
- produzir algum material/imagem a partir de um encontro prévio com o público.

Não sei se pensar num " espetáculo de auto-ajuda" pode levar a algum caminho...