terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

questões + questões + questões

algumas problemáticas:

1- Com o Theo viajando e sem ter como seguir fazendo testes de vídeo, imagem e projeções o que seria mais prudente é simplificar o trabalho de imagens, apontando para alguma coisa que já tenhamos testado de alguma forma, tipo:
- Fotos 3x4 do público de costas
 a ideia das fotos "entrando na tela" sendo projetadas em tamanho menor e vão entrando numa espécie de desenho de fundo infinito. Poderia ser bacana se o público ao entrar vê suas cabeças de costas, como q "seguindo adiante e entrando na tela";
algumas formas q possam interessar de usar as fotos para criar rizomas, árvores genealógicas do público que não sejam muito literais (pedi pro Theo provar fazer uma experiência com as fotos, como se elas saíssem de "dentro" da tela)
- Experiências de criar "rizomas orgânicos"
Formados por caminhos de bolinhas de isopor ou linhas filmadas sobre fundo preto
- Gosto da ideia de desenvolver placas que podem tanto aparecer ao vivo, serem feitas na hora ou aparecerem em imagens
- Não experimentamos ainda nada de projeções pensadas especificamente para o chão ou sobre meu corpo, não sei como testar isso sozinha.

2- Após os telefonemas não sei se o público vai para um ponto de encontro, se vai para a entrada do teatro...o fato é que as fotos 3x4 seriam idealmente feitas logo que o público chega para dar tempo do Theo trabalhar nelas. Logo, deve acontecer algo entre a chegada e a entrada no espaço cênico. Originalmente haveria uma cabine para tirar fotos (ou mesmo um fundo num lugar), mas há que se pensar que raios fazem as pessoas enquanto esperam (imagino que isto levaria minimamente 15 min). Depois disso as pessoas receberiam fones de ouvido para a suposta caminhada conjunta. Ainda gosto de que "o que realmente importa" aconteça fora do teatro, mas não consigo me convencer minimamente sobre o que guia esta caminhada, o que a pessoa ouve, etc...Algumas possibilidades que até hoje acho idiotas:
- O áudio é simplesmente um guia das ações que cada um realiza no caminho. Problemas: Para que? Por que não chegar simplesmente cada um a seu modo?
- O áudio narra o que eu estou fazendo dentro, minhas ações para aquecimento ou o início do trabalho que já está acontecendo. Problemas: Como narrar isso de uma forma instigante? No que isso interessa ao espectador?
- O áudio é uma espécie de conversa com o espectador. Sobre o que?

Há sempre a possibilidade de repensar se o áudio é um bom caminho. às vezes me ocorre que a distribuição de mapas (uma ou várias versões do caminho possível para o teatro). Mas o que estes mapas propõe? Para que se precisa do mapa? Que tipo de mapa é esse?

Qual é o foco desta ida em conjunto ao teatro??
Já apareceram aqui ideias diversas:
-Uma das primeiras era ter vários grupos que aos poucos iriam se juntando. Ninguém saberia exatamente qtos espectadores ao todo são. Não consegui linkar isso com nada ainda;
- Existiriam dois grupos, pensando na ideia de fótons gêmeos, simplificando muito: duas partículas que quando separadas reagem uma à outra. POde-se inferir algo sobre uma que não se vê através de uma outra. Isso teria a ver com uma possível ideia de que alguém do outro grupo de público seria o seu duplo. Achei tudo lindo quando estudei física, mas não tive a menor ideia do que fazer na prática;
- O grupo seria um só e tentaria fazer com que eles chegassem ao teatro "como um organismo só". (???)
Tem a ver com fazer com que se sintam parte de uma experiência comum como quando a Cla contou que era interessante ver no Claraboia as pessoas chegando de maiô, algumas enroladas na toalha, numa situação extra-cotidiana...

3 - Quando o público chega ao teatro, acharia interessante que eles caminhassem em direção às cadeiras numa penumbra de modo que se visse projetado as fotos 3x4 de costas em proporções que dão ideia das caebeças "seguirem entrando na tela". Embora pensasse usar as fotos mais pro fim, fiquei com essa imagem que gostei muito.

4- Uma possibilidade seria já estar dançando "pra suar" na entrada do público (comprovando que isto é um espetáculo de dança!). Não sei se isto seria num espaço num dos lados para não atrapalhar as projeções das cabeças ou se isto não fica muito bom ao mesmo tempo que a projeção.

5- Gosto da ideia de "receber e cumprimentar" o público. Pode ser feita de maneira "normal" ou fazer isto sem parar de dançar. Uma das coisas que me ocorre seria criar uma sequência exaustiva de uns 5 minutos que eu repito indefinidamente, independente da projeção mudar, de exibir placas, de falar com o público, do Theo ou da Cla entrarem em cena, de haver um papel, de alguém fazer um kirigami/origami...eu jamais pararia. Eu tou sempre mantendo o núcleo do suor. Faz sentido? É idiota?

6- Independente de eu sempre me mexer ou não, ainda tou bem interessada no Núcleo do Suor: acho que em algum momento prossegue a ideia de 3 pessoas suando por razões diferentes. Tb quero desenvolver o mantra: O ARTISTA DEVE SUAR/SOAR. (precisamos de professor de canto!!!)

7- Não sei se ainda vigora a ideia de fazer dobraduras no papel ou criar um tipo de kirigami. Também gosto daquele papel "chão ladrilho". Só fico imaginando que se a Cla for fazer "trabalho braçal" pra suar se não pode se formar algo aí com algum material ou objetos que substitua esse material do papel. São duas coisas diferentes? Alguma delas interessa?

8- Me agradaria se o trabalho não acabasse após aplausos. Quero dizer, há este fim provisório no teatro, mas talvez possamos continuar uma conversa na internet ou mesmo ficarmos disponíveis para conversar com o público que quiser durante X horas por semana no ponto de encontro (que poderia ser uma espécie de sala de estar na rua, onde as pessoas tanto esperam a caminhada, quanto, em outros horários as pessoas podem vir conversar sobre o trabalho...

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